O despertador fez a gentileza de nos acordar pontualmente às 05h00. Ainda estava escuro mas tínhamos que levantar, terminar de arrumar as malas e descer para o café.
O hotel que escolhemos para ficar em
Puno foi o
Hacienda Plaza de Armas. Ainda não havia falado sobre isso mas, ele está dentro da
Plaza das Armas (literalmente). Da calçada você vê a belíssima igreja matriz da cidade e a famosa praça.
Além de bem localizado, ele tem uma ótima
relação custo X benefício. Os quartos são bem limpos e foi o único hotel que ficamos no
Peru que transmitia a
Globo Internacional. O que fez com que, na noite anterior, enquanto "curtia" o mal da altitude, Rebeca aproveitou para assistir um capítulo da Novela (rsrsrs). O café da manhã é servido em frente à recepção principal e é relativamente bem servido. Se você for à
Puno, tente ficar neste hotel. Vale a pena.
Após o café, fechamos nosso conta e saímos do hotel pontualmente às 06h30 em dois táxis. Assim como em
Arequipa (
leia aqui), o táxi deixa você do lado de fora do
Terminal de Ônibus - fique atento aos seus pertences, vai que...
Imediatamente nos dirigimos ao balcão da
Inka Express. Apesar de haver outras empresas que faz o trajeto
Puno - Cusco, optamos pela
Inka Express por termos concluído, depois de muitas pesquisas, que este seria o jeito mais agradável de enfrentar 10h de estrada que seria, obrigatoriamente, realizada durante o dia (saímos às 07h00 da manhã).
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Rebeca, Humberto e eu prontos para partir. |
A
Inka Express possui um ônibus confortável,
guia em inglês e espanhol, é oficialmente credenciada à marca
Peru (aquele logo do turismo criado para o país, que postei no primeiro post do blog) e
realiza paradas estratégicas durante o trajeto. Além disso, eles operam esta linha desde 1999,
possui oxigênio a bordo e você pode
comprar o ticket ainda no Brasil, pagando através do
Pag Seguro Uol e o valor (em dólar)
inclui ainda o almoço (sem bebida), a
entrada nos pontos turísticos que estão "escondidos" na estrada e
wi-fi (que funcionou a viagem inteira). Vale ressaltar que esta empresa também faz o trajeto contrário (Cusco - Puno). Por tudo isso pagamos
US$71,00 e para saber mais,
clique aqui.
Nossa primeira parada foi na aldeia de
Pukara, localizada à 60km de
Juliaca, famosa pela
festa da Virgem del Carmo, pelo
artesanato em cerâmica (incluindo os
touros de cerâmica nos telahdos das casas, para trazer boa sorte) e pelo
Museu Lítico Pukara.
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Praça principal de Pukara |
Paramos na lateral da praça principal, onde encontramos o
Museu Lítico Pukara, a
Igreja Matriz e várias bancas de artesãos. Começamos pelo museu, com o grupo do ônibus (lembre-se que o ingresso de entrada no Museu já estava incluso no preço que pagamos pelo trajeto) para uma visita guiada.
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Entrada do Museu Lítico Pukara |
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Interior do Museu Lítico Pukara |
Porém, não aguentamos mais que 15 minutos... O museu é bem carente e vazio, ficamos sem paciência e resolvemos andar ao redor da praça e na igreja.
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Igreja Matriz de Pukara |
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Interior da Igreja Matriz de Pukara |
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Esse são os bois da sorte, colocados nos telhados das casas. |
Após algumas fotos e conversar com os vendedores locais, que queriam nos convencer que era melhor comprar artesanato ali que em
Cusco, voltamos para o ônibus esperando que a próxima parada fosse mais interessante: desceríamos em
La Raya.
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Limite entre Puno e Cusco |
La Raya é um lugar no meio do nada. Isso mesmo, o ônibus para por 20 minutos no ponto da estrada que é o limite entre os municípios de
Puno e
Cusco. A grande atração é ser o ponto mais alto deste trajeto:
4.470 metros acima do nível do mar. Há uma vista para as montanhas com os picos cobertos de neve (lindo, veja a foto abaixo que não tem muita neve - rsrs), uma venda de artesanato e alguns moradores da região vestidos com roupas tipicamente peruana, acompanhados de sua llama.
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Ainda bem que a llama não cuspiu em mim... |
Como havíamos tomado café muito cedo e, no ônibus não haver lanche, ficamos animados ao saber que a próxima parada seria em
Sicuani para o almoço. O lugar é limpo, arejado, amplo e com vista para as montanhas. O serviço é no sistema de self service, sem peso, na modalidade coma a vontade, incluindo sobremesa. Apenas as bebidas não estavam inclusas no valor que pagamos pelo trajeto. Ah, havia um trio de músicos que tocou umas quatro canções e passou chapéu entre as mesas. Dê gorjeta se achar que vale.
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Salão do restaurante em Sicuani |
Neste ponto da viagem o guia, que vem com você de
Puno até aqui, se despede do grupo e dá lugar a outro guia que veio de
Cusco. Após o cambio, nosso plano era entrar no ônibus e hibernar até chegarmos em
Raqchi.
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Jogo dos 7 erros: quem advinha o que tem de errado na foto? (hahahaha) |
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Praça na entrada de Raqchi |
Raqchi é um sítio arqueológico que está localizado à 119km de
Cusco, na
Província de Canchi, que abriga um parque de mais de 5 mil hectares com uma imensa
muralha inca que protege o parque,
aquedutos,
túmulos e
recintos da cultura pré-inca.
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Praça e Igreja de Raqchi |
Logo na entrada do parque, você verá uma
pequenina igreja e um monte de banca de artesanato, com preços bem competitivos. Para entrar e visitar às ruínas você pagará algo em torno de
S$6,00. Porém, os nossos ingressos já estavam inclusos no preço que pagamos pelo trajeto, lembra?!
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Famosa muralha de Raqchi |
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Diz a lenda que eles moravam em lugares como esse. Interior do Sitio arqueológico Raqchi, Peru. |
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Portal de entrada do sítio arqueológico Raqchi, Peru, |
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Será que elas estavam se divertindo? rsrs |
Depois de 1h30 de visitação, explicação e fotos, voltamos ao ônibus e... paramos na estrada. Motivo? O povo desta província fechou a rodovia para
protestar contra a construção de uma hidrelétrica no rio que passa dentro do
Parque de Raqchi e vai até
Cusco. O mais curioso é que eles ficam sentados no meio da rodovia enquanto os policiais, em seus carros e cavalos, ficam no acostamento esperando que eles resolvam dar passagem aos carros. Ninguém faz nada, nem negocia.
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Manifestação peruana. |
Quase duas horas depois eles resolveram liberar a passagem de carros por 10 minutos. Corremos para o ônibus e o motorista acelerou para não perdemos a "trégua". Felizmente conseguimos passar e continuar nossa viagem que ainda faria uma parada para visitarmos uma igreja conhecida como a
Capela Sistina das Américas, localizada na cidade de
Andahuaylillas.
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Em frente à Capela Sistina das Américas |
Nosso "bilhete de ônibus" também nos dava direito à entrada na igreja, para uma visita guiada. Infelizmente (ou felizmente) não era permitido tirar fotos no interior da capela, mas... ganhamos um CD com imagens. O lugar é espetacular: paredes, teto, altar, piso... perfeito. Vale muito a pena visitar. Essa foi uma das nossas maiores surpresas neste dia.
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Interior da Igreja em Andahuaylillas |
Já era noite quando retomamos a estrada e seguimos para os últimos quilômetros até
Cusco. Nesse momento, ninguém mais queria dormir, a ansiedade era maior que o sono. Nossa previsão era chegar por volta de 17h00 mas, devido à tal manifestação, chegamos às 19h30, com muita fome e ansiosos para saber como pegar um táxi, porque?
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Se tirar foto com ela, não esqueça de dar uma "propina". |
Bom, a
Inka Express estaciona o ônibus em uma loja deles que fica nos arredores do
Aeroporto de Cusco e, devido a quantidade de pessoas que precisavam de um táxi, não havia carros disponíveis para todos. O jeito foi apelar para o
Easy Taxi (sim, ele funciona no Peru), aproveitando o sinal wi-fi da loja - já que o chip da
Claro e nada era a mesma coisa. Isso fez com que fossemos os últimos a sair da loja e, quer saber do melhor?
Os funcionários da Inka Express ficaram conosco até que os carros partissem para o hotel e até nos ajudaram a negociar o valor da corrida com os taxistas. #recomendo
Chegamos ao hotel, após termos passado por vários pontos que seria explorados nos dias seguintes, fizemos um check-in (confuso) e saímos para comer. A fome era enorme. Vamos falar de tudo isso e do que fazer em
Cusco no próximo post.
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