Em frente à loja da Inka Express, esperando um Táxi. Saiba mais aqui |
Considerada pelos Incas como o "umbigo do Mundo", Cusco é mágica simplesmente pelo fato de existir. Parada obrigatória de quem vai ao Peru a cidade nos leva, de uma forma cósmica, a desbravar o antigo reino da cultura andina e a perceber como a colonização espanhola ergueu monumentos religiosos (leia-se igrejas católicas) em cima de antigos templos Incas.
Apesar de demorado, chegar em Cusco não é difícil: dá pra ir como relatei aqui no blog ou embarcando em um voo a partir de Lima (fique por dentro do que fazer em Lima lendo mais aqui). Eu particularmente prefiro a forma como fizemos: aventureira. Agora, difícil mesmo foi escolher um lugar para ficar. Apesar de ter muitas opções de hotéis, pousadas e albergues, os lugares (tirando as opções cinco estrelas que, para esta viagem, estavam fora de cogitação já que a ideia era não gastar muita grana) nem sempre são bem cuidados ou tão novos assim...
O hotel que escolhemos chamava Hotel Rojas Inn e, apesar de não ser o melhor lugar da cidade, tinha uma característica que nos convenceu: está localizado muito perto (leia-se duas quadras) da Plaza de Armas - o principal ponto de partida para tudo o que você quiser fazer na cidade - e um preço razoável, que incluía café da manhã.
Foto: Tripadvisor.co.uk |
Como falei no post anterior (leia aqui), além do atendimento de check-in ter sido algo um tanto quanto confuso, a "arrumação do hotel" não estava lá com uma cara muito confiável: aquecedores a gás, tecidos, cadeiras, móveis e mais um monte de quinquilharia ocupavam a área de recepção de hospedes e o pátio central do lugar. Nossos quartos estavam todos localizados no andar térreo e, um deles, ficava com a porta virada para a entrada da cozinha que iniciava suas atividades às 04h da manhã e fazia um barulho ensurdecedor. Mas vamos lá: estávamos em Cusco e o que não queríamos passar horas "curtindo o hotel", queríamos mesmo era andar e descobrir os "segredos" do lugar.
E foi exatamente o que fizemos: malas guardadas nos quartos (apertados), máquina fotográfica em mãos e saímos em busca de um lugar para comer nos arredores da Plaza de Armas. Não sei o que estava mais latente em mim, se a vontade de ter a primeira impressão da praça ou se o desejo de saciar a fome. Mas, nesse ponto, acho que vale explicar um pouco sobre a dinâmica dos estabelecimentos que ficam ao redor da principal praça e cartão postal da cidade.
Ao redor da Plaza de Armas você vai encontrar: a Catedral de Cusco (a mais antiga igreja da cidade - que falarei sobre sua história mais detalhadamente em outro post), Iglesia de La Compañía de Jesús e duas laterais emolduradas com arcadas coloniais que hoje abrigam lojas, bancos, restaurantes, agencias de turismo, entre outros estabelecimentos e é dividida em dois andares: térreo e primeiro piso. No primeiro piso, os restaurantes possuem balcões em madeira, nada parecidos com os balcões que vimos no centro de Lima, que você poderá ler clicando aqui, mas que te dará uma incrível visão da praça.
Assim é a Plaza de Armas de Cusco quando escurece. |
Escolhemos uma cantina italiana localizada no primeiro andar e que nos permitira ter uma breve visão da Plaza de Armas à noite. E aqui vai mais uma dica para você que está indo à Cusco (independente de ser a sua primeira vez): visite a Plaza de Armas pelo menos duas vezes - uma à luz do dia e outra à noite, para perceber quão diferente este lugar pode ser.
O restaurante, que não lembro o nome (desculpem-me!), era "ok!". Preço justo, comida bem preparada mas nenhum sabor/atendimento surpreendente. Porém, naquele momento, era tudo o que precisávamos. Após 1h30 saímos de lá com uma bela reposição de glicogênio e muito energia para enfrentar o dia seguinte.
Antes de retornarmos ao hotel, passamos em algumas agências de turismo e sondamos o preço para irmos à Machu Picchu. Acredite: o ponto alto da viagem foi a única atividade que não conseguimos reservar quando ainda estávamos no Brasil. De pose dos valores e com a informação (terrorista) da dona da agência que tínhamos que fechar urgente - naquele momento - pois corríamos o risco de não conseguirmos ingressos, decidimos ir embora (sem fechar nada) e resolver tudo pela manhã.
Encontrei esse desenho da Plaza de Armas em uma parede do Hotel Rojas Inn, Cusco. |
A esta altura da noite fazia muito frio e estávamos sem casacos e, talvez por isso, não conseguíamos pensar para tomar alguma decisão. Paramos em uma "loja vende tudo" no meio do caminho e compramos águas. Depois disso só queríamos banho e cama. Era hora de recuperar as energias para um dia inteiro em Cusco, de verdade!
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